Agora que 2010 oficialmente acabou, eu posso falar dele. Falar que foi um ano estranhamente bipolar, que foi um ano em que eu estava rindo até morrer em um momento e me sentindo uma merda no momento seguinte. Falar que foi o ano em que eu mais me traí e mais reclamei, até ver que o único jeito era parar e pensar em mim e no que eu podia fazer pra mudar. Foi o ano que mais me cansou, que me esgotou, que me fez rever todos os conceitos possíveis, que me deu novos conceitos e me fez jogar outros no lixo. 2010 me fez escrever como se a minha vida dependesse disso - porque, afinal, ela depende -, me deu o Jack, me devolveu o Will, e todas as outras histórias que eu nunca vou viver e sempre vou escrever. O segundo semestre de 2010 me tirou o romantismo prático da vida e me deu o literário, me devolveu o tipo de amor que eu mais prezo na vida, terminou de partir o meu coração e agora ele está bem assim. O segundo semestre de 2010 reforçou o que eu já tinha, quem eu já tinha, me deu de volta o sentimento de ser importante na vida de alguém de verdade e, no ponto mais clichê de todos os pontos clichê de um texto sobre o ano que passou, me fez ver de novo quem eu sou, porque aparentemente eu tinha esquecido. Depois eu falo do que ainda virá, porque no momento é mais apropriado dizer que I found it kind of funny, I found it kind of sad, e foi bom.
Um comentário:
Bom foi ele ter acabado.
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