(quando estava escrevendo eu pensei em que blog este post deveria ficar. na verdade, eu soube desde o começo que, como prometido, postaria no .status quo., mas me pareceu injusto deixar o baby fora disso. enfim, está postado nos dois blogs por razões sentimentais e é isso aí.)
Eu comecei a escrever isso muitas vezes e nunca cheguei nem da metade de tudo o que gostaria de dizer. Parece que nunca era a hora certa, ainda não tinha chegado aquele momento específico em que a necessidade de escrever é maior do que a simples vontade.
Mas o fato é que, em algum momento de 2001, eu estava inocentemente passando pela sala enquanto o trailer de Harry Potter e a Pedra Filosofal estava passando na televisão. Parei por alguns segundos, tempo o suficiente para pensar “hum, legal” e continuei meu caminho até outro cômodo da casa.
Esse foi o meu primeiro contato com Harry Potter, se é que posso chamá-lo assim. Algum tempo depois, já em 2002, eu fui assistir a Câmara Secreta no cinema, sem saber muito da história além do fato de que havia um garoto bruxo envolvido em altas aventuras. Nessa época eu tinha dez anos e não muito interesse em assistir filmes que não fossem animações no cinema, mas fiquei maravilhada. Com o castelo, principalmente. Mais algum tempo depois eu peguei emprestado o quarto livro. Não me perguntem por que, eu realmente não lembro por que diabos comecei a ler pelo quarto. Depois li o terceiro, o segundo e então o primeiro. Elegi Harry Potter como meu livro favorito e então comecei a ganhar um livro a cada aniversário e Natal. Tinha começado.
O que eu tenho a dizer sobre Harry Potter não é muito diferente do que outras tantas pessoas já disseram, mas nem por isso é menos verdadeiro. Veja bem, eu sei que é apenas uma série de livros. Sei inclusive que não são os melhores que já li e já não são mais os meus favoritos. Mas eles estiveram lá, entende? É isso que importa.
Eu não acho mais necessário dizer que Harry Potter me trouxe amigos, ou que me ensinou tanta coisa, ou até mesmo explicar o que seriam essas coisas. Isso todo mundo já sabe, e eu também. E uma das primeiras coisas que eu aprendi foi justamente que os livros, as palavras, unem as pessoas.
Harry Potter me lembra livros lidos em qualquer hora, qualquer lugar, só pelo prazer de saber o que vai acontecer. Me lembra a espera pelo próximo livro, os dias em que os ganhei de presente, os sites e joguinhos toscos de cinco, sete anos atrás, as seções de rumores. As fics. E pensar que até o começo desse mês eu não me lembrava de como sentia falta das fics. Me lembra, é claro, o 6v e todas as pessoas que eu conheci nele, e as que chegaram agora e eu não vi porque estive tanto tempo ausente.
O último livro saiu em 2007, no ano em que eu entrei no CEFET. E último filme estreou exatamente no dia em que o semestre 2011.1 oficialmente acabou e eu, finalmente, terminei o curso. Mais uma forma de abrir e fechar fases. Se eu for contar desde aquele dia na sala, em 2001, são dez anos que se passaram. E dez anos, pra mim, significa simplesmente metade da minha vida.
Eu vou me lembrar de Harry Potter sempre com muito carinho e agradecer por ter tido oportunidade de acompanhar tudo isso. De ter tido oportunidade de crescer nisso, nessas palavras, nessa família, literalmente until the very end. Não é que seja um fim, assim como o último livro não foi, mas certamente é uma despedida. Então, até a próxima, Harry. Estaremos aqui.
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