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2010-03-21

E pela minha lei a gente era obrigado a ser feliz...

(...)
Vem, me dê a mão
A gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido


Engraçado que eu escrevo e escrevo o Will há tanto tempo - cinco anos, para ser mais específica - e só agora percebi que em alguns momentos da história ele fez quase que exatamente o que eu tenho feito agora; essa coisa de não conseguir viver sem estragar tudo, meio sem querer (ou não), de querer jogar tudo pro alto, de viver na defensiva e de perceber que, puta merda, no fim das contas tu tá sempre tomando as decisões erradas.

Agora toda vez que eu leio o que escrevi do Will eu me vejo saltar por aquelas linhas mais do que de costume. Eu estou lá, transbordando pelas entrelinhas, escorrendo pela margem da página. E tu pode se perguntar de que merda adianta escrever ficção se, no fim, ela continua sendo igual a ti, e eu te digo que adianta muito sim. Porque isso é tudo o que eu posso fazer por mim; escrever é tudo em que eu posso confiar.

4 comentários:

Filipa Santos Lopes disse...

Não deixes de escrever então, porque as tuas palavras fluem como poucas.

:*


(phi do 6v aqui.)

Maria Luísa disse...

essa é uma das coisas mais verdadeiras sobre escrever que eu já li. e espero que continue, pois escreve muitíssimo bem.

Carolina disse...

continua escrevendo. é o melhor que a gente pode fazer pela gente, sabe? essa coisa de ser de dentro pra fora numa folha de papel ou numa página na internet. é a melhor coisa. nunca existe arrependimento no que a gente escrever. e não importam todas as decisões erradas, escrever sempre será a decisão certa. então, vai. escreve sempre :*

Júlia disse...

ah porque é bem só isso que a gente tem e no fundo vc vê que não tem como escrever totalmente do que apenas não conhece e inventar, vc sempre vai estar ali pq é vc escrevendo e eu nem devo estar fazendo senso, MAS era isso que queria dizer... *--*
e que nem sei quem é will, mas continua escrevendo sempre.