Pequenos fatos do dia 28/04
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msn, madrugada.
camis: o que vocês estão fazendo?
eu: tô comendo chandelle e assistindo six feet under.
shade: que depressivo
camis: eu ia dizer "que delícia"
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O tempo é uma coisa engraçada. Às vezes a gente simplesmente não vê que ele passa, e fica surpreso quando percebe. Eu sempre divaguei um pouco sobre como a gente acaba se tornando várias pessoas diferentes com o passar do tempo, mas não tinha vivido isso ainda. Hoje eu olho pra trás e vejo algumas versões diferentes de mim e sei que mais pra frente existirão outras. Vejo isso em outras pessoas também. E não acho ruim. Não é apenas inconstância ou contradição ou sei lá mais o quê que dê uma idéia ruim; é só movimento, é só que precisa ser assim, senão a gente não sai do lugar. E tem aquela coisa, aquela coisa que eu não sei bem o que é e que a gente chama de essência, que faz com que não importa quantas pessoas você seja, ainda assim é você. É exatamente isso que não pode ser quebrado, é exatamente a última coisa a cair.
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Ontem (dia 28) eu encontrei um amigo que não via pessoalmente há uma quantidade vergonhosa de tempo. Foi a coisa mais repentina do mundo, eu nem sabia que ele estava na cidade, e de repente estamos no meio do CH da UFC (lugarzinho mágico, hein) conversando como se tivéssemos mil anos de assunto e mesmo assim como se tivéssemos nos visto pela última vez há apenas uma semana. Estamos tão diferentes, nós dois, e ainda assim é a mesma coisa.