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2011-04-29

Let's do the time warp again

Pequenos fatos do dia 28/04

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msn, madrugada.

camis: o que vocês estão fazendo?
eu: tô comendo chandelle e assistindo six feet under.
shade: que depressivo
camis: eu ia dizer "que delícia"

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O tempo é uma coisa engraçada. Às vezes a gente simplesmente não vê que ele passa, e fica surpreso quando percebe. Eu sempre divaguei um pouco sobre como a gente acaba se tornando várias pessoas diferentes com o passar do tempo, mas não tinha vivido isso ainda. Hoje eu olho pra trás e vejo algumas versões diferentes de mim e sei que mais pra frente existirão outras. Vejo isso em outras pessoas também. E não acho ruim. Não é apenas inconstância ou contradição ou sei lá mais o quê que dê uma idéia ruim; é só movimento, é só que precisa ser assim, senão a gente não sai do lugar. E tem aquela coisa, aquela coisa que eu não sei bem o que é e que a gente chama de essência, que faz com que não importa quantas pessoas você seja, ainda assim é você. É exatamente isso que não pode ser quebrado, é exatamente a última coisa a cair.

*

Ontem (dia 28) eu encontrei um amigo que não via pessoalmente há uma quantidade vergonhosa de tempo. Foi a coisa mais repentina do mundo, eu nem sabia que ele estava na cidade, e de repente estamos no meio do CH da UFC (lugarzinho mágico, hein) conversando como se tivéssemos mil anos de assunto e mesmo assim como se tivéssemos nos visto pela última vez há apenas uma semana. Estamos tão diferentes, nós dois, e ainda assim é a mesma coisa.

2011-04-21

And no one ever said it would be so hard

Às vezes eu fico tão cansada de ser quem eu sou. É desgastante. Porque existem partes ótimas da minha vida que invariavelmente acabam ofuscadas pelas ruins. E eu nunca quis levar isso pra fora, nunca quis que uma contaminasse a outra. E é fácil, sabe, é relativamente fácil cultivar a arte de não se importar - ou de fingir que não se importa, dependendo da situação. Eu sou uma pessoa fria, sempre fui, e isso sempre me foi apontado como defeito - e é mesmo. Mas acontece que isso é uma coisa útil. É útil em todas as situações que as pessoas que acham que isso é ruim não sabem que existem. E eu não as culpo, o objetivo era esse mesmo; como eu disse, não levar nada pra fora. Veja bem, eu já poderia ter enlouquecido de vez há muitos anos, mas não. Ainda não.

Eu queria saber me entregar ao que acontece de bom, e isso é uma coisa que eu percebi que nunca aprendi. Minha entrega nunca total porque é calculada. Meu problema talvez - talvez? - seja não saber demonstrar quando me importo. Porque, sabe, as pessoas que fazem parte das coisas boas da minha vida não têm culpa de nada, e eu não gosto de perturbar ninguém com as coisas que, em tese, eu mesma posso resolver. 

E apesar de todo esse drama, não é que eu seja uma pessoa infeliz ou constantemente deprimida. Porque eu não me importo. Eu posso me virar. Mas eu não quero que mais que isso me impeça de me entregar e de viver um pouco mais. Se a questão fosse só a minha vida, tudo bem, tudo ia continuar como sempre foi. Mas ninguém vive sozinho, e eu não quero ser inacessível justamente para as pessoas que não deveriam ficar do lado de fora da minha "barreira".

Isso não é o tipo de coisa que se faz de uma vez, claro. Na verdade, acho que já começou há algum tempo. É só que às vezes acontecem aqueles momentos em que tudo acontece e você começa a pensar mais ainda (eu sempre penso demais, talvez por isso seja tão distraída). Nessas horas as pessoas costumam querer voltar a algum tempo em que não tinham problemas, ou quando eles eram menores e menos urgentes. O máximo que eu posso fazer nesse sentido é ansiar por algo que ainda não veio.

Eu não quero estragar mais nada. Desculpa aí pelas vezes em que estraguei.

2011-04-20

Nobody said it was easy

Apenas mais um pequeno comentário antes de postar qualquer coisa de fato:



Parece que a vida tá batendo na minha porta.

E eu tô com vontade de atender.

2011-04-10

A arte de ter problemas

Eu estava aqui assistindo o primeiro episódio da primeira temporada de Six Feet Under e morrendo de dor de cabeça, mas meu jeitinho todo especial de lidar com dor de cabeça é tentar esquecer que ela existe e continuar fazendo seja lá o que eu estiver fazendo. Okay. A dez minutos de acabar, eu pensei "vou escrever alguma coisa hoje, faz tempo que eu não escrevo", mas eu não sabia o que ia escrever. E aí eu tirei o óculos e tive o momento mais bizarro da semana.

Assim que eu tirei o óculos aconteceram as seguintes coisas, nessa ordem:

- Fiquei tonta. Ainda estou, pra falar a verdade.
- Ri por dois segundos
- Comecei a chorar como se tivesse perdido uma perna por dez segundos.

E aí botei o óculos de volta. 

Cara. Acho que isso prova (como se precisasse de mais provas) que eu não sou muito normal.

E minha cabeça ainda dói.

2011-04-02

Veja você onde é que o barco foi desaguar

...engenheiros do hawaii, stalking, aula de lógica, mochilas, bolero, dancinha feliz, beirut, pausa dramática, letra sugestiva, violão, servidores, javascript, servlet, mundo paralelo na praça, auto-sabotagem failure, sonhos bizarros, concorrência repentina, surpresa, será que dessa vez vai, um dia de cada vez, p implica q, los hermanos, circuitos, racionalizar, limites infinitos, pensar demais, restartcomeço...